A onça foge no Mato
O mato todo queimado
Sem disfarçar camuflagem
Deixa para trás seu espaço
Tirando da onça sua casa
Matando queimada sua caça
Não se faz uma pedagogia
Nem se faz ordem e progresso
Mas a onça não foge sozinha
Muitas familias se vão
Sem terem para onde seguir
O fogo inclemente as aninha
A cidade não é seu lugar
Se nela lhe faltar proteção
Correrá um enorme perigo
Do fogo lhe ser extinção
Para o povo a cidade parece
Com teu lugar que padece
Tiram de nós nossas casas
Dizendo que é o progresso
E tiram a nossa guarida
Por isso a mão estendida
Essas poucas palavras sentidas
Queria mesmo lhe dar um rio d'água.
Também tento preservar
A vida na cidade injusta
Que insiste cerrado seus olhos
Para não ver o fogo do lado
Sou como a onça ferida
Sem abrigo nem proteção
O fogo queimando meus passos
Mostrando embaraço no mato
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