sábado, 24 de outubro de 2020

Crônica Para Pelé

 Crônica Para Pelé


Cheguei agora na Vila Belmiro

Vim assistir um jogo de Pelé. 

Olhei na direção do vestiário.

Lá estava o Rei em pé.


Veio em minha direção

Me driblou e entrou em campo

E tudo virou magia

Só Pelé se destacava.


O Rei estava em todo canto

De uma defesa a outra.

Numa o Rei defendia.

Na outra ele convertia.

 Gol !!! 


É Pelé. 


Olhei para o gol do Santos.

Era Pelé quem defendia 

Na zaga lá estava o Rei

Ele também era o central.


Na lateral era quem mandava.

Impedindo o contra ataque.

Ele era o líbero que orientava.

O comandante do ataque.


No meio de campo ele era o Rei

Mas voltava para marcar.

Pelé de quarto zagueiro

Se saindo muito bem.


Melhor segundo volante.

Melhor meia e centroavante.

No gramado não havia outro melhor

Até no banco eram todos Reis Pelé


A arquibancada lotada

Todos de camisa 10

Das crianças aos idosos.

Todos eram Reis Pelé.


Para onde se olhava.

Quem dominava era Pelé.

Pelé vestia a camisa

Feminina da mulher.


O juiz do jogo era Pelé.

Seus assistentes eram Pelé.

O presidente do clube era Pelé.

O massagista era Pelé.


O radialista era Pelé

O repórter era Pelé

O narrador era Pelé

O comentarista era Pelé


O roupeiro era Pelé.

O gandula era Pelé.

A rede que não parava.

Quem balançava era Pelé.

quinta-feira, 15 de outubro de 2020

O(a) Professor(a) e o Muro

 Professores(as) não ficam em cima do muro, ajudam a derrubá-lo.


Os muros são construídos

Com diferentes materiais

Alguns deles nos protegem

Outros nos põe para trás


Alguns muros são reais

De cimento e alvenaria

Outros só se explicam

Pela nossa filosofia


Um muro já foi erguido

Para separar irmãos

Hoje esse muro nos serve

Para nossa reflexão


O Muro de alvenaria

É de fácil remoção

O muro do preconceito

Carece mais atenção


Do muro de alvenaria

Poderemos nos desviar

O muro do preconceito

Só com ajuda para enxergar


Faço agora desse poema

Minha homenagem singela

Ao(a) professor(a) e ao ensino

Seu fazer que nos liberta


Transformo no meu pensar

Com uma certa divagação

A caneta do(a) professor(a)

Num martelo de ficção


A caneta como um martelo

Quebra com excelência

O muro do preconceito

E nos devolve a consciência


A caneta do(a) professor(a)

Martelo de proficiência

Quebra o muro do preconceito

E nos devolvendo a consciência

quarta-feira, 14 de outubro de 2020

Onça Pintada

 A onça foge no Mato

O mato todo queimado

Sem disfarçar camuflagem

Deixa para trás seu espaço


Tirando da onça sua casa

Matando queimada sua caça

Não se faz uma pedagogia

Nem se faz ordem e progresso


Mas a onça não foge sozinha

Muitas familias se vão 

Sem terem para onde seguir

O fogo inclemente as aninha


A cidade não é seu lugar

Se nela lhe faltar proteção 

Correrá um enorme perigo 

Do fogo lhe ser extinção 


Para o povo a cidade parece 

Com teu lugar que padece

Tiram de nós nossas casas 

Dizendo que é o progresso


E tiram a nossa guarida

Por isso a mão estendida

Essas poucas palavras sentidas

Queria mesmo lhe dar um rio d'água.


Também tento preservar

A vida na cidade injusta

Que insiste cerrado seus olhos

Para não ver o fogo do lado


Sou como a onça ferida

Sem abrigo nem proteção 

O fogo queimando meus  passos

Mostrando embaraço no mato