segunda-feira, 30 de setembro de 2019

Soneto Para o Sétimo


Soneto Para o Sétimo

Para o amor vencer e lhe amadurecer
E suas paixões serem transformadas
Divida a alegria que hoje sobra em você
Abrace e se entregue com amor e perdão.

Ganhe e deixe de ser o alvo perfeito
O que você agora explode no peito
Gera o orgulho de se ter por inteiro
Indo ao encontro do bem verdadeiro.

A sua mão amiga é que lhe fará enxergar
Que você é a luz no final desse túnel
Lhe reconduzindo outra vez a sonhar.

Sua voz doce e suave lhe renovará
Você não será mais uma fera ferida
E brotará flor, no sétimo e na vida.

sábado, 28 de setembro de 2019

Nunca Jamais (Versos Impróprios)

Nunca precisando de carinho
Sempre desdenhando o amor
Livre e só no caminho
Jamais me dei conta da dor

Flertando com a solidão
Fiz dela minha sina e irmã
O deserto que nela forjei
Me esconde onde desejei.

Os pés descalços no chão
Na poeira, pedras e espinho
Sem casa, ninho ou sombra
Nesse arenoso caminho.

Nem o sol inclemente de dia
Ou a Lua que a noite esfria
Me trazem alguma lembrança
Ou criam qualquer esperança.

De rever um querer que deixei
Na sombra esperando partir
Levando embora com ela
O calor que desejou dividir.

E quem ainda busca carinho
E sente desejo de amar
Não leia essa imprópria poesia
E reze para não se apaixonar.





domingo, 8 de setembro de 2019

Saudade de Caruaru


SAUDADE DE CARUARU

Quantas saudades eu sinto
Quando longe de Caruaru.
Das suas comidas típicas
Da sua feira e seu São João.
Dos bacamarteiros e do pife
Do grande artista João.

Se vejo cá um boneco
Lembro logo Vitalino.
Fazendo do Alto Moura
A sua terra nativa.
Ser conhecido nas Américas
Como maior Centro
De Artes Figurativas.

Caruaru da estrada de ferro
E que o progresso assistia
Onde das baleadeiras fugindo
Os calangos corria.

Caruaru do Central
Da igreja da Matriz
Da escola Tabosa
Onde fui aprendiz

Do mestre Onildo Almeida
De Petrúcio e Azulão
Caruaru mesmo longe
Continua em meu coração.

quinta-feira, 5 de setembro de 2019

Dança

DANÇA


O amor é como uma dança
O primeiro passo encanta
O próximo é a esperança.
Dançar só, seu aprendiz se cansa.

Se não me encantasse tanto
Pensar em você, não lhe diria.
Se no meu peito coubesse
Mais de você, não lhe contaria.

Do lugar que você ocupou
Saem palavras apertadas.
Tão fáceis de serem ditas
Por restarem abarrotadas.

São sobras que não são
Sobras que as desejo.
Eu apenas quero ter
Mais espaço no meu peito.

Quebre esse meu peito
E me traga a esperança
O despojo é todo seu
Viverei novas lembranças

Se entregar a dança
Talvez seja assim
Que a liberdade
Enfim se alcança.